Por: Dr. Victor Dias
Médico pela Universidade Cidade de São Paulo; Pós-graduado em Medicina Integrativa pelo Hospital Israelita Albert Einstein; Pós-graduado em Nutrologia pela Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo – Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN); Fellowship em Medicina Integrativa pelo Flórida College of Integrative Medicine; Diretor Médico e fundador do Instituto Bonvivere de Medicina Integrativa
A Síndrome da Fadiga Crônica (SFC) é oconjunto de sinais e sintomas que resultam numa sensação de cansaço generalizado ou falta de energia que não está relacionada exclusivamente à exaustão e que não é aliviada pelo repouso e sono.
É importante distinguir a SFC com outras inúmeras patologias que cursam com fadiga. O sintoma fadiga pode ser dividido por diferentes entidades, conforme a duração e apresentação de demais sintomas:
Fadiga prolongada: fadiga incapacitante e prolongada com duração de pelo menos um mês;
Fadiga crônica: fadiga incapacitante e prolongada, com duração de pelo menos seis meses. Quando a fadiga crônica é inexplicada por outras condições médicas ou psicológicas, ela se subdivide em idiopática ou Síndrome da Fadiga Crônica (SFC).
SINTOMAS
As alterações na SFC incluem
disfunções do
metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, dequilíbrio de fluidos e
eletrólitos, aumento de risco para doenças cardiovasculares e neurológica,
alteração da flora intestinal – favorecendo a disbiose intestinal, disfunções
hormonais, doenças psquiátricas e de diversos outros sistemas podem culminar em
sinais e sintomas extensos:
- Fraqueza pela manhã (mesmo
dormindo bem), que persistente ao longo do dia e impacta negativamente o
convívio social, vida profissional e prática regular de atividade física;
- Letargia com diminuição da concentração e memória recente;
- Dificuldade em vencer os gatilhos estressores diários, com irritação demasiada;
- Letargia com diminuição da concentração e memória;
- Compulsão por alimentos sabidamente calóricos pois tende-se a buscar energia de forma inconsciente: carboidratos refinados, cafeína e bebidas estimulantes;
- Fraqueza extrema após o exercício físico que pode durar até 24 horas após;
- Níveis mais elevados de energia à noite;
- Cansaço extremo após uma situação estressante;
- Dor nas articulações e musculatura;
- Vertigem, dor de cabeça e hipotensão arterial;
- Baixo desejo sexual em função do cansaço;
- Ganho de peso em função do cansaço e da compulsão alimentar por carboidratos refinados. Entre outros…
TRATAMENTO:
Os
objetivos do tratamento consistem no alívio dos sintomas e em maximizar a
capacidade funcional. Também é importante desenvolver um entendimento claro e
mútuo da natureza do problema, e expectativas realísticas sobre as
possibilidades de desfechos em longo prazo. Então, é recomendado:
- Acompanhamento multidisciplinar:
Médico, Nutricionista, Psicólogo, Educador Físico; - Manejo do estresse: muitos
trabalhos têm fundamentado bons resultados com Mindfulness, Terapia Cognitivo
Comportamental e atividade física regular; - Suplementação individualizada com
ativos manipulados: KSM-66, Relora, BIOintestil, Pinetonina, Probióticos, Omega-3,
Magnésio, 5HTP, Vitamina C tamponada, Carbonato de cálcio, Zinco glicina, entre
inúmeros outros… - Terapias medicamentosas: inibidores
da MAO, antidepressivos, ansiolíticos; - Modulação hormonal: a sua
introdução dependerá de cada fase de exaustão adrenal. Nos casos mais avançados
costuma-se introduzir hidrocortisona base, DHEA, ocitocina, testosterona base,
entre outros hormônios bioidênticos.
Converse com seu médico para que ele possa
passar um diagnóstico correto do seu caso e a melhor solução para o seu caso.